7 de maio de 2006

A jura dos 80 anos

(aquarela sobre foto de Yvette Moura)


Encontrei, por acaso, as flores
Que restaram daquele imenso amor;

Com elas, belas palavras bem escritas
Em papel envelhecido
Numa dedicatória;

Declarações de um sentimento profundo
Que nasceu e morreu
Com a mesma intensidade;

Marcas do perfume de dias
Que hoje nada mais são
Do que nódoas nalguma superfície;

Retrato de um tempo feliz
Tão frágil e fugaz
Como a própria felicidade...

E pensar que foi com elas que ouvi
A jura dos oitenta anos!

Um comentário:

Anônimo disse...

Entro num outro ser. Me transporto a tempos, espaços e emoções que não passei.
Sinto.
É assim, uma viagem à intimidade alheia como se fosse minha.
Adquirir uma experiência que me soma, me transformando em alguém outra, me dando uma visão modificada por encantos e desencantos que, de fato, não vivi. – Ou será que vivi?
Obrigada por me tirar de mim agora, por instantes que seja, porque isso me faz melhor do que sou e maior do que meus sonhos!

Novas perfumadas flores e novos encantos em sua vida, sempre!

Emmy