Que chegue de mansinho
Altas horas da noite, em meio ao sono alto
Para que não espante os pouquíssimos sonhos
Que me restaram da infância...
Quando chegar, a morte
Altas horas da noite, em meio ao sono alto
Para que não espante os pouquíssimos sonhos
Que me restaram da infância...
Quando chegar, a morte
Que chegue de surpresa
Andando na ponta dos pés, a passos silenciosos
Andando na ponta dos pés, a passos silenciosos
Para que não haja tempo de ser anunciada
Ou mesmo pressentida...
Quando chegar, a morte
Ou mesmo pressentida...
Quando chegar, a morte
Que seja companheira
Que me embale os sonhos, amanheça comigo
Para que eu não sinta falta dos anos que me escaparam
Desde que nasci...
Para que eu não sinta falta dos anos que me escaparam
Desde que nasci...
Quando chegar, a morte
Que me encontre inteira
Sem maldizer as perdas, as dores, ou mesmo a vida
Para que eu saiba ser grata por tudo que experimentei
Antes da partida...
3 comentários:
ótimo!
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bj
edu
nunca mais passou para remexer as gavetas...
O problema surge quando nós sentimos "...falta dos anos que me escaparam". Não existe volta e o futuro por vezes também não!
edu,
remexer gavetas é um processo doloroso, às vezes...
mas necessário.
me aguarde!
bj.
caro(a) leitor(a),
o futuro sempre existe, independente da nossa vontade.
O problema é que nem sempre nos permitimos ao óbvio:
deixar o passado passar.
Um abraço.
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