17 de fevereiro de 2006

Saudade do futuro

Não é que o presente seja ruim. Ou que o passado não tenha sido bom. Nem que eu seja dessas pessoas que reclamam da vida. Mas, passados os anos, somados os desenganos, a perdas, as frustrações, desenvolvi um hábito incomum: tenho saudade do futuro. Algo em mim reveste-se de verde - remete à esperança - e aguarda ansiosamente o dia de amanhã... Mecanismo de defesa? É possível. Mas também não sou de ficar parada, esperando que a felicidade me caia nas mãos. Caminho, incansavelmente, rumo ao infinito. E penso que o melhor sempre está por vir... De resto, sinto saudades do futuro mesmo! E a criança que não morreu em mim conserva a crença que o seu pote de ouro está bem ali: na ponta do arco-íris. Já não chora, nem faz birra ou esperneia quando escurece e o desenho no céu se desfaz. Aguarda quietinha, esperta, mãos sob o queixo... Pois sabe que o sol sempre voltará.
@ Para Irene, que me deu de presente essa linda imagem sua...

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