2 de dezembro de 2005

Fêmea


Rodo pelas ruas noturnas da cidade
Enquanto as outras dormem
E sonham os seus sonhos fúteis

Sangro em cada esquina por que passo
Rostos me observam e me buscam com um assovio
Desejam-me e sonham
Com noitadas regadas a vinho barato

Indiferente, sigo em minha busca solitária
Alheia à minha própria vontade
Mas liberta de mim, e mesmo de ti

Sigo mulher, sangrando pelas ruas escuras
Liberando meus odores de fêmea
Que é para ver se me encontras
Numa dessas dobras da vida,enfim.

Um comentário:

Gade Herrera disse...

la chica de la foto es bella, al igual que tu escrito

saludos.


duodtq