Deixei acesa a luz do abajur para não te perderes
do caminho que te traria de volta pra mim...
Deixei sorrisos espalhados pela casa
a tua espera...
Meus braços se abriram num gesto espontâneo
e, junto aos ouvidos,
se quedaram em vigília...
O relógio do tempo desatou a correr
- quase tão veloz quanto o fluxo do meu sangue
disparado nas veias...
As cores foram trocando de lugar
ao fundo do vento
e de repente escureceu...
Fiquei.
E ainda hoje te espero
chegar do recanto isolado em que te exilaste
na tola ilusão de me possuir...
Eu, a amante ideal - sem carne e sem pêlo.
Quase sem defeitos...
E também sem ti.
19 de julho de 2005
A volta do exílio
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