12 de julho de 2005

Chegança















Cheguei. E o fiz como quem avança o sinal vermelho: sem pedir licença!
Aliás, licença pra quê, se a natureza é quem me faz existir sem que a permissão alheia tenha força de interferir nessa decisão firme e clara de liberdade que fiz? Liberdade com responsabilidade, diga-se de passagem! A corajosa escolha de apenas ser...
Queria mesmo era levantar poeira e deixar para trás as caretas, os medos, a saudade do que não volta mais...
O fantasma das perdas que, às vezes, deixa o porão e ronda à porta, fazendo tremer.
Quero mesmo é somar forças com quem vem à retaguarda ou caminha ao meu lado, embora saiba que nem sempre será amor o sentimento que nos aproxima um do outro.
Quero o amor ainda, e sempre! Talvez por que seja esse o móvel imprescindível para o ser apaixonado que naturalmente sou.

2 comentários:

Carlos Nealdo disse...

Eis que, tal qual a heroína de Rachel de Queiroz, ela chegou inteira, soberana, radiante. E quando repararam já havia derramado seu brilho pelo chão, de modo que era impossível juntá-lo. Linda como sol e chuva que juntos revelam o arco-íris era ela. Era não, porque para ela não há verbo no passado. O tempo dela é hoje, embora traga reminicências de outrora carregadas de amor...
É isso.
Seja benvinda na sua chegança, meu amor.

Yvette Maria Moura. disse...

Ah, Meu amor...
Meu amor!