12 de agosto de 2008

Madrugante

O novo dia daqui a pouco amanhece e eu ainda estou andando às cegas numa noite sem fim. Fico meio tonto com esse fuso horário: vago em meus desertos, esticando o ontem que ainda está vestido em mim. O cansaço queima-me as costas sem dó nem piedade, mas eu ainda queria dizer algo antes de dormir...
Qual o quê! No primeiro cochilo, ouço os passos da chuva numa correria só. Então desisto de arrastar o tempo puxando sempre pela mesma corda. Afinal, logo tudo se desata e eu vou mesmo fluir por aí...
Quer saber? Todo mundo tem a mesma cara quando fecha os olhos sem se despedir: ou dormiu ou tá morto, e ponto! A vida segue amarelando o horizonte e gorjeando os pássaros mesmo assim...
Então, boa noite!

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