Espero-te. Desde que saíste por aquela porta, eu não durmo. Estou em vigília permanente até o teu retorno. A qualquer ruído ou mudança de luz, o coração dá um salto e a boca quase grita involuntariamente. Mantenho as luzes acesas para que não te percas nas brumas da noite; para que te guiem, como um farol. O ouvido em alerta, a musculatura retesada – pronta para correr –, espero-te. E já não sei se é noite ou faz sol porque meus olhos não mexem para os lados nem para o alto ou para baixo. Eles miram a porta, que deixaste entreaberta. Eles buscam teus olhos e a cor do teu sorriso, que levaste contigo. Enquanto não chegares, eu não durmo, já disse. E já não tem a menor importância se ainda estou vivo ou se já morri.
12 de fevereiro de 2008
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