Muitas vezes minha alma se rasgou ao meio, meu sorriso ficou sem graça, minha voz... falhou. Meu olhar se perdeu distante em lugares que ainda desconheço.
Muitas vezes perdi-me mesmo foi de amor. E sobrevoei paisagens que só minha imaginação pôde construir. Descobri que o homem tem asas e pode voar quando está apaixonado, mas que raramente esse vôo encontra pouso.
Chorei de rir tantas vezes e ri outras tantas, extravasando as lágrimas que abafava no peito. Perdi os seres que mais amei e achei que tudo estava perdido.
Olhei para o vazio e achei que havia me esvaziado da capacidade de espalhar sorrisos. Vaguei por meus desertos, curvei-me e emudeci. Sofri a ação do tempo e dei tempo a mim e a dor...
Como quem volta da guerra, como borboleta deixando o casulo, como bambus depois de uma tempestade, recobrei as forças, levantei a cabeça e retomei a caminhada.
Vascilantes muitas vezes, meus passos tornaram-se firmes. Indecisa, busquei a prece. Solitária, chorei, sorri e agradeci a Deus.
E ainda hoje, a cada baque que levo, a vida me ensina. E renasce em mim, ainda uma vez, enquanto houver lirismos...
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