25 de janeiro de 2006

A vida em tuas mãos

Vai. Mostra-me os caminhos todos
Que eu te seguirei
Como encantada
Diante do espetáculo da criação.

Indica de uma vez a direção.
Aponta os sentidos...
E eu seguirei contigo, ainda e sempre
Por toda a eternidade.

Mas faz como quem respira
A última partícula ínfima de ar.
Como quem goteja até a morte
Os resquícios mornos do sangue.

Age como quem se curva em prece
– último recurso de um condenado.
Como quem experimenta o seu derradeiro insight
– ponto de partida.

E eu irei contigo, prometo!
Até o mais alto degrau dessa escalada.
Até o ponto derradeiro dessa linha
– a linha da vida.

Essa que rodeia o teu polegar
Que vai contigo até a morte, e está
Propositadamente tatuada
Para sempre em tuas mãos.

Um comentário:

Samarone Lima disse...

oi, acabei de chegar por aqui e vi coisas lindas.
voltarei sempre, pois.
sama